sexta-feira, 30 de setembro de 2011

D. Estêvão Bettencourt
O estudo da Escatologia individual diz respeito aos acontecimentos que afetarão cada indivíduo no fim de sua jornada terrestre. São eles: Morte, Juízo Particular, Purgatório, Inferno e Céu. E a Escatologia coletiva trata dos acontecimentos relacionado com o fim dos tempos, a saber: Parousia (2a. vinda de Cristo), Ressurreição da Carne, Juízo Final ou Universal e os "Novos Céus e Nova Terra".



A MORTE é onde se dá a separação entre o corpo e a alma. Deus não é o autor da morte. Foi o homem que, usando mal a liberdade que Deus lhe deu, pecou, e ao pecar, permitiu que a morte entrasse no mundo.


O JUÍZO PARTICULAR ocorre imediatamente após a morte, e define se a alma vai para o Céu, inferno ou purgatório. Não há uma ação violenta de Deus, mas simplesmente a alma terá nítida consciência do que foi sua vida terrestre, e assim, se sentirá irresistivelmente impelida para junto de Deus (Céu), ou para longe da presença de Deus (Inferno) ou ainda para um estágio de purificação (Purgatório).

O PURGATÓRIO é o estado em que as almas dos fiéis que morrem no amor a Deus, mas ainda com tendências pecaminosas, se libertam delas através de uma purificação do seu amor. Ou seja, são almas justificadas, mas que ainda precisam ser santificadas (clique AQUI para maiores detalhes). O Purgatório fortalecerá o amor de Deus no íntimo da pessoa, a fim de expurgar as más tendências. Todas as almas do Purgatório, posteriormente, irão para o Céu.


O INFERNO é um estado de total infelicidade. É viver eternamente sem Deus, sem amar, sem ser amado. A alma percebe que Deus é o Bem Maior, mas sua livre vontade o rejeita e sabe que estará para sempre incompatibilizada com Deus. Isso gera um imenso vazio na alma que passa a odiar a Deus e às suas criaturas. Só vai para o inferno quem faz uma recusa a Deus consciente, livre e voluntária. Mas como pode existir o inferno se Deus é bom e nos ama? Veja a resposta AQUI.


O CÉU não é um lugar acima das nuvens, mas sim, um estado de total Felicidade capaz de realizar todas as aspirações do ser humano. No Céu participamos da Vida de Deus. E quanto maior for o amor que a pessoa desenvolveu neste mundo, mais penetrante será a participação na Vida de Deus. Assim, no Céu todos são felizes, mas em graus variados, pois cada um é correspondido na medida exata do seu amor. Deus é Amor, amor que se dá a conhecer a quem ama. Não há monotonia no Céu, mas sim, uma intensa atividade de Conhecer e Amar.


Vale aqui o registro de que o Limbo seria o "local" eterno onde ficariam as crianças que morrem sem o Batismo. Não teriam a visão sobrenatural de Deus, mas uma visão natural mais perfeita do que temos. No entanto, o Limbo sempre foi uma suposição e jamais foi um artigo de fé. Ao invés disso, tais crianças são confiadas pela Igreja à misericórdia de Deus, que acreditamos ter um caminho de salvação própria a elas.
Fonte: Apostila do Mater Ecclesiae - Escatologia.
Amadurecer é saber que todos nós temos coisas em nossa historia que precisam dser trabalhadas, e trabalhando-as não perder a alegria de viver. Amadurecer é saber ser feliz a partir do essencial.

Amadurecer, É nao ter medo de se trabalhar por dentro, e nao ter medo de se lancar, é ir alem no nosso proprio mundinho, é partir do particular indo ao encontro do universo

Amadurecer, significa entrar dentro de si e se confrontar com as imaturidades existentes dentro de si, isso leva a um encontro sincero e verdadeiro consigo e com Deus. Amadurecer é possuir-se.

 I  De Cristo evangelizador a uma igreja evangelizadora.


               A evangelização começa com o testemunho de Jesus Cristo presente nas palavras do evangelho de Lucas: “Eu devo anunciar  a boa nova do reino de Deus” (Lc 4, 43).  O próprio Jesus é o evangelizador e o mais perfeito, porque da sua própria vida como testemunho.
           Jesus anuncia o reino de Deus como lugar de felicidade, justiça e paz. Para estar nesse reino, Jesus traz consigo a libertação, ou seja, é preciso se libertar do pecado passando por um processo radical de conversão (metanóia). Essa proclamação do reino é feita pelo próprio Cristo, por meio de sua pregação infatigável, com sinais inúmeros, afirmando que os pobres são os primeiros destinatários e aqueles que se reúnem em seu nome. Assim, quem acolhe a boa nova com sinceridade em nome do Cristo e da comunidade evangelizadora, torna-se conhecedora das maravilhas de Deus. A evangelização se torna assim, própria da igreja com a missão de evangelizar todos os homens (1COR, 16).
          Isso porque, a igreja nasce da missão, ou da ação evangelizadora de Cristo e dos Doze, que após a volta de Cristo para o Pai, permanece com sinal iluminador desse cristo. Portanto, é do próprio Cristo que a Igreja recebe a missão de evangelizar. E por isso, ela é evangelizadora por si mesma, ou seja, em sua essência.

Evangelii Nuntiandi.


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Chamado a ser cristão na comunidade.
Jesus fez o convite de se ser seu seguidor, dizendo: "Se alguém quer vir após mim negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me." (Mt 16:24). Porém Deus não nos chama para estar sozinho nem viver e cresce sozinho na vida cristã , mas nos chama a viver e crescer em comunidade. Deus não nos fez para viver sozinhos, isolados, precisamos de amigos, de companhia. A comunidade cristã é o lugar de nossa convivência fraterna como irmãos.
Ser cristãos
O primeiro chamado é o chamado a ser cristão, e podemos pegar como base desse chamado o texto de Mt 16,24: “Se alguém quer vir após mim negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me." Isto é Jesus chama você a segui-lo como você é, ou seja, com suas alegrias e tristezas, com suas qualidades e defeitos.  Por isso esse chamado de Jesus exige de nos uma resposta, e fica a pergunta: qual a nossa resposta?
A nossa resposta já foi dada no nosso batismo, aqueles que nos levaram a pia batismal já deram um sim por nós , a missão a partir de então é manter esse sim vivo. Como fazer isto?  Jesus mesmo é quem nos dar a resposta.
MT 5,13-16: Vós sois sal da terra e a luz do mundo...”
Assim nossa missão de cristãos é manter viva essa chama que foi plantada em nossos corações no dia do nosso batismo. Porem a vida do cristão deve ser uma resposta continua ao chamado de Jesus. E esse chamado não respondemos sozinho por isso somos chamados a ser sal, para dar sabor a vida daqueles que estão junto conosco, e também a ser luz, para iluminar o caminho de quem caminha junto com a gente. Nosso chamado a ser cristão não é um chamado individual, mas é um chamado comunitário , ou seja, eu devo ser sal e ser luz a vida do outro que caminha comigo.
Viver e crescer em comunidade
 A partir disso é que entendemos que Deus não nos fez para viver sozinhos, isolados, precisamos de amigos, de companhia. A comunidade cristã é o lugar de nossa convivência fraterna como irmãos. Nela passamos boa parte de nossa vida , crescemos como pessoa humana, realizamos projetos comuns, aprendemos cidadania, descobrimos nossos potenciais e, não menos importante, “elevamos juntos nossa ação de graças a Deus”.
O catecismo da igreja católica afirma: É em Igreja, em comunhão com todos os batizados, que o cristão realiza sua vocação.
Assim percebemos que o cristão só é completo e sua vida cristã na convivência com o outro, ou seja, o outro faz parte de nossa vida  e de nossa existência cristã, sem a vida em comunidade a nossa vida cristã não tem sentido. 
Por isso, tudo em nossa vida cristã que nos leva a caminhos contrários a comunhão com o outro, não tem a ver com a nossa vida de cristãos. Portanto somos chamados a ser cristãos em nossa vida particular ? sim, fazendo a nossa parte, professando nossa fé, sendo fieis aos mandamentos. Somos chamado sozinhos? Não, somos chamados a crescer na fé junto com o outro a medida em que crescemos na vida de cristãos o outro também cresce. Porque o amor de Deus que esta presente em nos irradia no outro.
Portanto somos chamados como cristãos a viver e crescer em comunidade.